Todos julgam, né?

Estar de fora, olhando de um prisma que favorece não sentir como a gente sente, torna-se muito fácil falar, opinar e até julgar.

Todos se sentem no direito de nos dizer o que devemos fazer, como devemos lidar com as coisas, ou que "não precisa sentir tanto assim". Acusam muito, com "a melhor das intenções".

"Você está preocupando demais."
"Larga mão, isso não precisa ser assim."
"Você é muito crítica e exigente."
"Você quer controlar tudo, quer tudo do seu jeito."

Quantas vezes já ouvi essas frases... E, o pior, vindo de quem mais me conhece. Até porque essas pessoas sabem onde está a minha ferida.

E com isso, a gente vai se fechando, reprimindo sentimentos, rotulando como errado sentir...
Porque estamos querendo demais.
Pedindo demais.
Sentindo demais.
Tentando controlar demais.

Doeu — e não deveria ter doído — no dia em que o autoconhecimento me mostrou que o que eu sentia tinha fundamento!
Eu podia sentir! Eu podia pedir... Eu podia querer aquilo. Era justo!

Por que precisei da dor para entender que eu poderia me compreender quando ninguém mais compreendia?
Por que precisei da dor para conseguir me abraçar, me acolher e dizer: "Está tudo bem você ser 'exigente'?"
Por que precisei da dor para ser minha amiga, e não a minha crítica número um?

Não sei. Mas doeu.
E, com a dor, me abracei e ganhei o abraço mais forte que já senti!

Não deixe doer mais, não.
Se abrace.
Só você sente como você sente.
Só você vê o que você vê.
E está tudo bem sentir, viu? 💖